“Chupa-sangue” Detidos Oito Boateitos em Cuamba
A Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Cuamba, na Província do Niassa, deteve oito cidadãos acusados de semear o boato “chupa-sangue” na região, que originou actos violentos e desordem da população do bairro Teteriane, Posto Administrativo de Mepica.
Segundo o chefe das Relações Públicas no Comando Distrital da PRM de Cuamba, Bilardo Mbalango, o fenómeno “chupa-sangue” na região resultou na agressão física ao secretário distrital da OJM e ao líder comunitário de Mepica, que só escaparam de linchamento graças à intervenção policial.
Mbalango explicou que o primeiro caso se deu quando um grupo de indivíduos invadiu algumas propriedades no posto administrativo de Mepica, tendo dispersado a população local com recurso a boatos sobre a circulação de “chupa-sangue”.
No resultado de uma operação da Polícia do distrito de Cuamba, Bilardo Mbalango disse que oito indivíduos estão detidos como principais cabecilhas do boato que agitou multidões e trabalho de sensibilização está em curso visando eliminar os focos que ainda possam existir.
Falando à nossa reportagem, o administrador de Cuamba, Simões Zalebessa, referiu que o fenómeno “chupa-sangue” está a alimentar oportunismo na população, com o roubo de diversos bens e vandalização de infra-estruturas públicas e privadas.
Falando por ocasião do lançamento da Semana da Saúde, cujas cerimónias tiveram lugar no Posto Administrativo do Lúrio, distrito de Cuamba, o Governador do Niassa, Arlindo Chilundo, explicou que o “chupa- -sangue” constitui apenas um boato de malfeitores que querem desestabilizar o país.
O governante comparou o ambiente vivido com o do conflito armado, pelo facto de indivíduos de má-fé quererem ver seus pares nas matas e posteriormente se apoderarem dos bens.
A fonte destacou que “o mal-entendido pode destruir o almejado pela população, que neste momento se encontra engajada na campanha agrícola e outras actividades que visam contribuir para o desenvolvimento da região e do país”.
O dirigente pediu à população maior vigilância e denúncia de todos que atentam contra o ambiente e maior concentração na campanha agrícola em curso, crucial no combate à pobreza no nosso país.
Durante a saudação da população do distrito de Mecanhelas, Chilundo também pediu à população do distrito mais populoso de Niassa, que também viveu turbulências devido ao boato “chupa-cangue”, a denunciar os protagonistas deste fenómeno maléfico.